quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Notas sobre o trivial

Pergunto-me coisas que não sei responder.
Gostaria, mas não sei.
[E para quê respostas? Que farei com elas?]
O mundo parece-me absurdo e patético, estou confuso e às vezes sinto-me sufocado (é uma questão física também).
O meu dia é curto, as horas passam depressa e o tempo devagar.
É o apocalipse, diz a bíblia sagrada.
O fim do mundo.
Onde fica?
Alguém me disse que no fim tudo dá certo e eu acreditei.
É um desespero antigo e permanente,
um desconcerto, um espanto, uma não-definição.
Eu me torno pior?
E essas interrogações, o que esperam?
É uma grandeza desmedida e perigosa à medida que se torna a menor quantidade de uma coisa.
Uma desestrutura, um rompimento com algo que fui e já não sou.
Ou que gostaria.
Uma esfinge sem segredo?

9 comentários:

Beto Canales disse...

certo pra quem?

Beto Canales disse...

Felipe, bíblia sagrada pra quem?

Andréa disse...

Confie.
Dá certo sim.
E, por mais torto que se possa apresentar, o fim é sempre aquilo que a gente plantou (contando, é claro, com algumas ervas daninhas no caminho).
beijos,
Andréa

Guto Oliveira disse...

Felipe, é da condição humana essa necessidade de se perguntar e querer saber todas as respostas, mesmo correndo o risco de não saber o que fazer desse conhecimento depois. A pergunta mais recorrente em minha vida é a que me faço olhando minha face no espelho: 'quem sou eu?'. Mas devo ter medo de saber, porque não encontrei a resposta ainda...rs. // Um abraço.

http://quasepoema.zip.net

Flávia disse...

O fim do mundo é quando a gente decidie que o mundo antigo não serve mais. Sempre dá pra recriar. Sempre.

Beijos, querido.

Kauana Resende disse...

Culpa do sufocamento foram com certeza os 35, 8 graus em Bsb, certeza!Realmente, se tivéssemos respostas para tudo, o que faríamos com elas?!Apenas serviriam para nos deixar sem reação, sem inesperado, no tédio total, assim nunca chegariamos ao rompimento do que fomos, pois seríamos extáticos...Talvez fosse mais fácil, metamorfoses me angustiam.

Jana Lauxen disse...

Tudo isso (perguntas, certezas, medos, inseguranças, sensações e etecetara) é somente uma pequena parte do que somos todos nós:
um universo.
Dos mais complexos.

Abraços!
:)

Robson Schneider disse...

Felipe
Acho que esse é os sentimento que que acompanha quem pensa muito... sabe as vezes sinto necessidade de desacelerar, quando consigo é maravilhoso.
Um abraço

Anônimo disse...

Eu me fazia tantas perguntas, mas aí, cheguei a conclusão de que uma resposta automaticamente já gera uma nova questão.
estou precisando desacelerar também, como disse o Robson.

beijos!