quarta-feira, 25 de junho de 2008

As confissões da Srta. Nina Bar


Foto: felipe lima

Torno-me íntimo de Nina. Ler seus manuscritos faz com que me sinta cúmplice em suas histórias. Como se eu fosse um amigo a quem ela, sem reservas, revela suas aflições:

"Procurei o meu pai em todos os homens com quem me deitei. Foram muitos. Usei desse artifício sempre que me sentia carente ou amedrontada, confusa e também angustiada. E dessa forma consegui ser promíscua o bastante para sentir que era uma vadia, por isso merecia ser infeliz.

Me convenci, posteriormente, de que o motivo da minha infelicidade não eram os traumas deixados pela ausência de meu pai, ou qualquer tragédia em minha infância, ou ainda o meu total desastre no amor, mas a minha auto-estima rastejante, que nunca permitiu que me sentisse digna de afeto".

Triste.

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