domingo, 10 de agosto de 2008

Cru

Morde
Meus lábios, meus dedos
Encosta em meu peito
Susurra doce
Me mostra suas mãos
Ou esconde-as onde eu não possa vê-las
Sua pele branca, avermelhada de sangue correndo quente
Minha pele negra, suando paixão em gotas
Gotas minúsculas de desejo
Saindo pra fora enquanto estamos dentro
Me espanta sua volúpia
Espasmos
Gestos involuntários
Pés, pernas, braços, cabelo
Os corpos
Num ato divino
Enquanto no escuro estrelas correm em círculos
Num carrosel de intintos dilacerados
Enquanto somos um apenas, e não dois.

Um comentário:

Anônimo disse...

"E que seja bendita, a hora do ato!" Lindo, Felipe. Lindo.....