Quando mais novo tive inúmeros amigos imaginários. Eu os criava à medida em que tinha necessidades importantes a serem supridas ou quando, simplesmente, fantasias pediam-me para serem realizadas.
Eu tinha uma outra vida. Nem pior e nem melhor, diferente apenas. Numa vida vivi tudo o que me faltou noutra, até o instante em que cansei-me da vida dupla.
Lembrei-me disso porque constantemente me pergunto se num desses devaneios, não deixei em algum lugar - dos muitos que visitei - minha cabeça e um pedaço da minha alma, esquecidos.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
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2 comentários:
sempre parece que um pedaço da gente ficou naquela esquina, né?
abraço! felipe
Acredito que sempre deixamos parte da gente nas histórias que vivemos. É como se um personagem, (embora conscientes de que somos nós mesmos), ficasse pra assistir ao final de todas as coisas, e que sempre está por voltar. E por conta disso, sempre faz falta na história seguinte. Eu adoro a maneira como vc se coloca diante da vida.
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