quarta-feira, 23 de julho de 2008

Desconstrução

Você ama tudo o que dói em mim
E retribuo
Desejando fortemente cada pedaço seu que você crê irrelevante
Sua angústia, escondida sob a capa cosmopolita
Seu próprio desejo, que quer ignorar e não consegue
Você sempre volta e eu não vou embora
Sua construção perfeita frente à minha, embargada
O retrato sujo do nosso amor
Nossa paixão encardida
Sob os painéis da perfeição e do inacabado, somos os mesmos, no fundo
Você ama tudo o que dói em mim
E eu retribuo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adoro as suas "Pieguices".

Anônimo disse...

oi muito maneiro o poema, gostei mesmo. parabéns. abraços e boa emana