quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Balloons


A tinta no muro rascunha uma vida:
uma donzela que poderíamos crer decadente
não fosse a loucura seu maior charme.
E as confusões todas que ela cria fazem da sua existência
o estímulo para um mundo mais bonito
para corações sadios e sorrisos de amplidão.
Mas da tristeza que ela guarda no peito, que fazer?
Para o entusiasmo permanecer, a saúde que pede
e um amor que se importa com o trivial:
aquilo que diariamente deixamos para depois quando em meio ao nosso vazio, achamos o ar para encher a bexiga.
E as palavras? Continuam a fazer sentido apenas para mim, acho.
E Clarice: Faz tempo que eu não uso exclamações!

6 comentários:

Guto Oliveira disse...

Que texto, Felipe! Uso uma exclamação aqui, tocado por suas palavras. Mas minha vida... ah, só reticencias... Abração.

http://quasepoema.zip.net

TIAGO JULIO MARTINS disse...

Cê é bom, cara!

TIAGO JULIO MARTINS disse...

Puff.
Sei que o comentário foi besta, mas, acredite, não acho muitas coisas boas.

Michelle Dangeli disse...

As pessoas por vezes vivem melhor deixando em evidência apenas seus personagens.

Fábio Vanzo disse...

"Que mistério tem Clarice pra guardar-se assim tão firme no coração?"

Beto Canales disse...

É uma boa forma de usar:

Clarice!!!